Há uma artista de tinta e seu publico imaterial...
Meu calcanhar dói. “Porra
novamente essa merda de coturno irá me machucar”. Era traumático, mas necessário
a utilização continua do aparato “rebelde”. Seria interessante se deparar em
salto agulha para uma fuga insana de autoridades legais.
Estalos. Está
começando. Em segundos vejo o corpo humano se deslocando em grande velocidade
na minha direção. 5 segundos. Hora de iniciar a parceria da corrida. Lado a
lado inicia-se. Atrás de nós, três fardas com reluzentes distintivos brilham na
noite nebulosa. O Ar gelado começa a alfinetar meus pulmões. Olhando para o
lado vejo que o folego parceiro esta gêmeo ao meu. O olhar diz: “fodeu”. A
poucos metros esta o carro, meu par de olhos verdes prediletos esta nos esperando. Em
três pulos estamos todos dentro do carro. Meus pulmões ainda doem. Disparando
entre faróis fechados e carros em cruzamentos, afasta-se rapidamente aquilo que
parecia ser nosso fim e o que buscávamos estava agora em meu colo, pesado em culpa e matéria.
Primeira
parte do plano: OK.
Minha adolescência extremista hauhaha