Desespero volta para seu quarto, olhos ao chão, mãos no peito e sem poder imaginar como a surpreendente idéia que havia pensado a manha inteira materializou-se diante de seus olhos. Algo inimaginavel, sem forma, mas com olhos grandes e reflexivos olhos estes que a encarou quando entrou.
- Quem é vc? O que vc esta fazendo aqui?- Desespero estava quase se entregando ao seu maior receptor, o Medo.
Sem nenhum movimento brusco, a forma moveu-se lentamente e seus olhos maiores ficaram. Aproximou-se como se fosse uma presa hipnotizada.
-O que vc quer de mim? Não se aproxime!! – e se encolhendo no canto mais distante possível da “presa” ela se moveu. As unhas já se cravavam em seus braços, o Medo já lhe apertava o estomago.
Sua ideia materializada se aproximava cada vez mais...Seus olhos refletiam Desespero em seu esplendor. E esta colocava-se tensamente pronta a correr. Preparou-se para os ultimos metros de aproximação e quando menos esperou, a “presa” ou a "ideia", deslizou velozmente em seu encalce, travando suas pernas controlando sua forma .
Assim esperando seu destino, Desespero se entregou. Ela fechou os olhos e esses segundos na escuridão a fez levar ao seu auge emocional. Toda agonia, ânsia, ódio, medo, rejeição e ate mesmo prazer, explodiram em seu interno e com sucessivos espasmos ela foi vomitando cada um desses regentes.
Quando não havia mais nada a sair e somente uma pele fina a mantinha real, ela abriu os olhos. A sua frente estava um ser caoticamente belo, pode perceber que em cada parte da matéria desse ser era feita de seus regentes, havia em seu queixo um tanto suficiente de medo, em seu peito leve riscos de agonia, em suas pernas partes diferenciadas da rejeição era como se o extremo da Desespero e seu vomito ganhassem forma, um belo Delliriun.
Assim esperando seu destino, Desespero se entregou. Ela fechou os olhos e esses segundos na escuridão a fez levar ao seu auge emocional. Toda agonia, ânsia, ódio, medo, rejeição e ate mesmo prazer, explodiram em seu interno e com sucessivos espasmos ela foi vomitando cada um desses regentes.
Quando não havia mais nada a sair e somente uma pele fina a mantinha real, ela abriu os olhos. A sua frente estava um ser caoticamente belo, pode perceber que em cada parte da matéria desse ser era feita de seus regentes, havia em seu queixo um tanto suficiente de medo, em seu peito leve riscos de agonia, em suas pernas partes diferenciadas da rejeição era como se o extremo da Desespero e seu vomito ganhassem forma, um belo Delliriun.
Sem entender como havia parado ali fora, Delirium observava, havia o mais belo ser Preto e Branco que poderia conhecer logo ali a sua frente, mas ele era tão frágil que ela teve medo de olhar. Delirium achou arriscado manter aquele ser assim, nu, transparente e fragilmente destruído. Decidiu que a coisa mais certa e poética a se fazer era comê-lo. Assim com sua flauta e voz melodiosa começou a tocar e cantar ao redor dele e na ultima nota, que era um gordo Sol sustenido, comeu-a juntamente com as notas que flutuavam de sua melodia.
- Assim assimm... calma... "BURPPPP". Batendo na barriga e soltando um longo e sonoro arroto, que mais parecia um fraseado da Nona de Bethoven, Delirium iniciou sua conversa.
- Calma meu serzinho pantanoso, aqui vc fica quietinha e eu cuido de vc. Deixo vc da uns suspiros profundos e ate mesmo cantar uma melodia triste. Mas fica aqui dentro...assim vivo com vc e amo vc. Ta? E Delirium cutucando a barriga continua – Entendeu??Aceita o trato??Eu me apaixonei por vc e quero vc todinha pra mim. Ta??
Desespero já dentro da barriga começa a pensar o que poderia ser pior? Ser comida pela insanidade em pessoa ou atormentada nos calcanhares pelo Medo. O que será que me causara mais dor? – Pensou ela enquanto passava o dedo na parede do estômago da Delirium e descobria ser sabor petit gateau.
Delirium sentindo as lambidas da Desespero desata a rir e falar – hey heyy ahuahuah não me coma com tanta ânsia...poderá ficar dependente de mim ahuhaua- rindo a gargalhadas devido às cócegas sentiu-se extremente eufórica e feliz. E a Desepero dentro dela se entrega a sua nova condição de alimento e nadando no mar de intensos sabores se deixa ser levada pelas mares estomacais de Delirium e de costas flutuando, sente algo diferente acontecer em seu corpo, o seu rosto nas partes mais baixas da bochecha começa a se entortar, como uma caimbra, e sem entender o porque os cantos de seus lábios se repucham e sobem e na forma mais sincera o regente da Alegria , o Sorriso, sai de sua longa aposentadoria.
Me deixou confusa.
ResponderExcluirSniff era a intensão...mas da pra perceber o que aconteceu??
ExcluirEu entendi. Não está fácil de entender, pela complexidade do sentimento. Mas quando é assim, você tem que sentir o significado. Provavelmente a ponto de nem saber como explicar depois, como estou agora, mas vai entender.
ResponderExcluirNão consegui entender, e olha que procurei entender...
ResponderExcluirÉ difícil mesmo entender. Procuramos sempre analogias com coisas que acreditamos ou vivemos e assim temos nossa própria experiência ao ler um texto como esse. E assim nos distanciamos da real intensão do autor. Mas se mesmo que não descobrimos o real significado do texto e mesmo assim ele nos causa sensações então o texto já está justificado. A arte não faz isso? Então... que comece a viagem...rsrs
ResponderExcluir